A Declaração de Berlim, adoptada a 25 de Março, corrobora os valores comuns europeus, nomeadamente o respeito pela dignidade humana, a tolerância e a igualdade de oportunidades. O papel do mercado único e do euro foram também sublinhados, uma vez que permitem à União Europeia moldar de acordo com os valores europeus a crescente interpenetração das economias no Mundo e a concorrência cada vez mais intensa que caracteriza os mercados internacionais.
O modelo europeu conjuga sucesso económico e responsabilidade social, lê se ainda na Declaração. Antes da criação da União Europeia, a história da Europa foi marcada por guerras e divisões que contrastam com a estabilidade e o crescimento económico de hoje.
O Presidente Durão Barroso enalteceu as conquistas da União Europeia dos últimos 50 anos: «Paz, liberdade e prosperidade são conquistas que vão muito além dos sonhos, mesmo dos mais optimistas pais fundadores da Europa.»
Contudo, não devemos ficar por aqui. A União Europeia tem de continuar a evoluir e a inovar o modelo político europeu. «Imobilismo equivale a regressão», declarou a Chanceler alemã Angela Merkel.
Contudo, relativamente à questão espinhosa da Constituição Europeia, a Declaração de Berlim mostra se prudente: «Por isso nos une hoje, […], o objectivo de, até às eleições para o Parlamento Europeu de 2009, dotar a União Europeia de uma base comum e renovada.»
«Conjugando os nossos esforços, nós europeus poderemos vencer os novos grandes desafios e encarar com confiança os futuros aniversários», afirmou Angela Merkel.